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Archive for 12 de novembro de 2009

Eu adoro os brinquedos vendidos nas tais lojas de “brinquedos educativos”, mas sempre tive uma birrinha com esse rótulo. Afinal, brinquedo tem que servir pra brincar, um ato que já é algo que podemos chamar de “educativo”, não importanto se para isso estamos usando um carrinho de plástico hot wheels, um carrinho de madeira da lojinha alternativa da vila madalena ou a nossa própria imaginação.

Até os bebês já possuem esses brinquedos “educativos”, coisas feitas de um plástico duro, que piscam luzes, tocam músicas, estimulam isso, estimulam aquilo, um estresse total.

Outro dia, folheando a revista Crescer, vi que já estão fazendo até “roupa educativa”! Para mim, um exagero que denuncia que  esse mundo de produtos educativos tem sido criado muito mais por interesses mercadológicos que por um genuíno interesse das empresas em ajudar os pais no desenvolvimento de seus filhos.

Hoje eu ouvi duas coisas que me fizeram ter ainda mais certeza disso: a primeira é que não há nada que comprove que esses produtos façam realmente alguma diferença na vida, na inteligência ou no desenvolvimento das crianças. Aliás, pelo contrário. Segundo a antroposofia (eu não entendo nada disso, mas a pessoa que me falou isso era uma médica antroposófica especializada em educação) até os seis / sete anos as crianças não devem ter a alfabetização antecipada, nem devem ter raciocínios lógicos estimulados. Segundo ela, é importante que o processo de aprendizado acompanhe o desenvolvimento fisiológico e emocional, que só vão acontecer com o tempo.

Já os livros, esses sim são bem vindos. Crianças de todas as idades amam histórias que estimulam a imaginação, divertem e ensinam sem que o rótulo do “educativo” seja necessário. Mas nada de livros das “Princesas” para as meninas, por favor! Aliás, “Princesas” são o tema de outra birrinha que tenho, falo sobre elas no próximo post.

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